domingo, 6 de junho de 2010

Marrom.

Acontece que esses tempos todos eu tenho dito que é o azul, mas foi só hoje eu percebi que é o marrom, sabe?
Mas é que o marrom é simplesmente tão perfeito... Quer dizer, não qualquer marrom fajuto por aí, não esse dessas palavras, nem o da imagem no final da página. O seu marrom, sabe?
Aquele mesmo marrom do casaco que você estava usando no dia vinte e um. O mesmo marrom da madeira da sua casa que eu me divertia por imaginar. O mesmo marrom do assoalho que tantas vezes imaginei nós dois rolando e ouvindo aquela música dos Smiths, que acho que você nem nunca ouviu, que nem na história que nós dois gostávamos tanto.
E o azul? O que é que o azul fez pra mim, afinal? O azul do mar? O azul das suas lágrimas do dia vinte e um, ou até mesmo as desses últimos dias? O azul da nostálgia? Ou será que é só o azul da parede do meu quarto? O azul daquelas cores, daquelas dores, o azul do passado ou até mesmo o azul do meu fardo.
Eu queria mesmo era viver no marrom. Viver no marrom e deixar o azul pra lá. Queria viver no teu casaco do dia vinte e um. Queria viver na madeira daquela casa que imaginei pra você. Queria viver no assoalho da história que a gente tanto gostava. Eu queria era viver na minha cor favorita, eu queria viver no marrom.



Nenhum comentário:

Postar um comentário